Embora suas origens remontem à longinqua antiguidade, ao tempo da velha Babilonia, a ciência da Cabala tem permanecido virtualmente oculta da humanidade, desde que surgiu há mais de quatro mil anos atrás...
Por que eu quero algo mais ou diferente do que a vida diária oferece? Segundo a Cabala esta frase seria: Como o desejo pela força superior aparece?
Em nossos dias, está surgindo para muitas pessoas um novo desejo por algo além do que o mundo inteiro tem para oferecer. Já apareceu para você?
O prazer e a dor são duas forças responsáveis por gerar nossas vidas. A nossa natureza intrínseca – o desejo de desfrutar – nos força a seguir uma fórmula predeterminada de comportamento: o desejo de receber o máximo prazer com o mínimo de esforço. Conseqüentemente, somos forçados a escolher o prazer e fugir da dor. Nisso, não há nenhuma diferença entre nós e qualquer outro animal.
Em seu artigo, A Liberdade, escrito em 1933, o Baal HaSulam explica que dentro de cada objeto, e de cada pessoa, há quatro fatores que os definem. Para explicar estes fatores, ele usa o exemplo do crescimento de uma semente de trigo. Este é um exemplo excelente, pois é fácil seguir seu processo de crescimento, e nos ajuda a entender todo o conceito.
Nós, seres humanos, sempre perseguimos o prazer e fugimos da dor. O princípio do prazer e da dor é ditado pelo desejo de receber, e este controla tudo o que fazemos, porque essa é a nossa essência. Quando estivermos livres do desejo de receber, das correntes de egoísmo, poderemos avançar na espiritualidade. Para isso, devemos seguir o princípio da "fé acima da razão".
A dor nos faz avançar. Se nos sentimos deprimidos, vazios ou confusos, todos os nossos sentimentos surgem para nos fazer pensar sobre sua razão e propósito...
Nós começamos uma caminhada espiritual a partir do desejo, da falta ou carência de algo. O que esse "algo" significa, nós não temos certeza. Simplesmente sabemos que nos falta algo; e nossos fracassos na busca por preencher esta carência, parecem que só a fizeram crescer ainda mais....
A maioria de nós é bastante confiante sobre si mesmos. Na realidade, na maior parte do tempo, também estamos seguros em quem são os nossos amigos. Mas quando eu começo a descrever a mim ou ao meu amigo...
Nós passamos a vida acreditando que as escolhas que fazemos são nossas. Celebramos nossa liberdade com a mais alta estima. Mas deveríamos? Somos realmente livres para fazer aquilo que escolhemos?
Diariamente experimentamos dezenas, senão centenas de situações com as quais discordamos de uma forma ou de outra. A lista é infinita: pode ser acordando diante de uma esposa irritada, alguém cortando nosso trajeto ao trabalho, problemas com o chefe ou com um projeto...