Sem Trabalho Sem Amor
O que fazer com um homem desempregado que fica todo o dia em casa sem fazer nada? Em nada ajudará ficarmos nervosas e culpar o companheiro, isto só fortalecerá a separação e alienação entre nós, este é justamente o momento para unir-se e apoiar-se mutuamente.
O que pode ser pior do que ser um homem desempregado?
Ser sua companheira.
O homem desempregado acorda tarde e passa o dia em frente ao computador ou da televisão e quando ele passa o dia inteiro em casa, fica entediado e com fome, com muita fome. Ele pega tudo que encontra na geladeira, nos armários e finalmente até o que está no congelador. Prepara uma mesinha em frente à televisão e fica comendo até o final do dia. Quando você chega em casa, a sala parece um refeitório de fábrica, a cozinha está de "cabeça pra baixo", cheia de utensílios sujos pois ele " preparou para si mesmo, algo para comer " Quando você pergunta o que ele fez durante o dia, continua com o olhar pregado na televisão e dá de ombros. A situação de ter sido despedido já é muito difícil ...então, o que você ainda quer que ele faça? Ele espera que você o apóie e tenha consideração.
Na falta de outra alternativa, depois de um dia difícil de trabalho, você começa a arrumar a casa enquanto ele permanece sentado na poltrona, a barba por fazer, e usando o mesmo training da ultima semana. Você está louca de raiva e não se importa com o que ele esteja passando, simplesmente não aguenta vê-lo nesta situação. Não há duvida que o desemprego dele é um problema que pertence aos dois. Queiram ou não vocês estão juntos no bem e no mal, dependentes um do outro, influenciados um pelo outro e são obrigados a enfrentar juntos a nova situação. Porem, não são apenas vocês que se encontram no mesmo barco mas, sim toda a humanidade está junto neste barco que está afundando. A crise econômica, tornou-se uma crise conjugal p/ Dani e Hana de Tel-Aviv, Michael e Jessica de N.York e Hiroki e Gio do Japão.
A partir do momento que nos tornamos uma pequena aldeia global, entramos num sistema fechado onde cada ato de nossa parte influencia aos outros e no final das contas, volta a nós como um bumerangue e nos atinge. Por isso, de nada ajudará nos irritarmos e culparmos o companheiro, isto só aumentará a distancia e a alienação entre nós. Este é justamente o momento de nos unirmos e darmos apoio um ao outro. Temos que ter paciência e principalmente muito afeto e amor, para passar em paz por esta crise e, até poder sair dela fortalecidos. Isto só é possível conseguir juntos por intermédio da consideração mutua.
Como se faz isto?
Existe um caminho mais econômico do que o terapeuta de casal; é mais antigo do que todas as linhas de psicologia e se encontra na sabedoria da Cabala que explica com simplicidade - não existe uma situação onde alguém possa estar feliz sem que todos não estejam também . No momento que entendermos isto, começaremos a nos relacionar cada um com seu semelhante com consideração e fraternidade. Criaremos assim, relações sociais felizes e saudáveis.
Esta mudança começa nas nossas relações dentro da nossa casa e de lá deve se espalhar para fora. Então, em vez de gritar com o companheiro e fazer drama, tente uma forma mais delicada e incentivadora.
- irradie à ele segurança e amor, mostre que você está ao seu lado em qualquer condição.
- dê reforços e mostre que você o valoriza. O homem precisa de honra e de sensação de ser necessário para manter sua auto-estima.
- aproveitem o tempo livre para reforçar a ligação e fazer atividades juntos: comer juntos, caminhar juntos, etc..
Talvez quando ele vir que você o apóia e o ama, ele de sua parte fará um esforço em se relacionar da mesma forma e tentará te facilitar em tudo que se relaciona ao trabalho da casa. Com esta visão, apesar da crise, é possível crescer e sair dela mais próximos e ligados do que antes.
Este artigo escrevi, inspirado num livro novo que li: "O dia depois da crise...." de Eli Vinocur. é um livro leve que trata da construção de relações saudáveis e bem sucedidas entre as pessoas. Curtam!
Efrat Aharoni