Descrição
Qual é a força que move a evolução? Para onde e para quê estamos evoluindo? Por que é que quanto mais progredimos, mais nós sofremos? E como nós podemos impactar uma mudança sem precedentes para o melhor agora? Anthony Kosinec apresenta a solução da Cabala.
Transcrição
A Força do Desenvolvimento e o Significado do Sofrimento
Palestra feita por Tony Kosinec para o canal americano Shalom TV
Anthony Kosinec
29 de Junho, 2006
A Força do Desenvolvimento e o Significado do Sofrimento
Olá novamente e bem-vindo à Cabala Revelada. Eu sou Tony Kosinec.
Previamente, nós aprendemos sobre o projeto para a realidade, o Pensamento da Criação, a ação do Criador, a qualidade do Mundo Superior, o que é espiritualidade.
Esse Pensamento da Criação, o qual é de criar uma criatura e encher essa criatura com deleite sem limites, é a única razão pela qual tudo acontece, e tudo que aparece na nossa vida é como um resultado disso; tanto é que essas coisas vêm dele e que estão em seu caminho para o preenchimento disso, quer nós possamos perceber aquela qualidade ou não. E esse é o problema que nós temos porque pensamos — e a mais profunda pergunta que nós temos sobre nossa vida, e nossa inabilidade de sentir onde nós estamos e para onde estamos indo vem do fato de que nós precisamos perguntar, "Se o Criador é completamente bom, e só faz o bem, então por que é que vemos o mal? Por que existem maus eventos?"
Para que possamos investigar essa pergunta, os Cabalistas definiram para nós um limite de como nós devemos investigar, para que possamos obter uma resposta real e não nos confundirmos.
Baal HaSulam nos conta que há uma regra na Cabala e que ela é "O que não pode ser alcançado não pode ser nomeado." O que isso significa?
O objetivo que queremos alcançar é uma sensação direta do Criador, não uma idéia, não um tipo de intelectualização porque não há resposta real em uma intelectualização. Você não pode se sentir confiante sobre uma idéia. Você precisa poder sentir isso dentro de você do mesmo jeito que você sente onde estão seus pés, ou como você vê algo que está a sua frente. Ela precisa ser tangível. Somente aí há uma real mudança na percepção, não só idéias ou abstrações.
O homem não pode verdadeiramente entender os eventos em sua vida porque o homem rejeita metade de toda realidade. Metade de tudo que acontece que é considerado por ele como sendo mau, o homem rejeita. E isso acontece por causa de um programa interno que nós temos, que é "a vontade de receber". Essa vontade de receber funciona como um sistema de orientação, isso é, nós somos completamente controlados por ele, e tudo que ele está fazendo é que está tanto atraindo-nos para algo que achamos prazeroso que nós achamos como prazer, e que nós consideramos como sendo bom, ou nós estamos fugindo de alguma coisa que não nos dá prazer, que nos dá um vazio, então nós fugimos daquilo.
Nós estamos constantemente procurando somente por aquelas coisas que são consideradas como boas. Então, nossa percepção de qual o propósito de ambos o que esses eventos são, é imperfeita porque nossa atenção nunca está na imagem completa. Está sempre somente numa pequena parte da imagem porque nós estamos olhando para ela no nível no problema em si. E esse é um problema enorme para nós porque toda percepção, como nós podemos ver apenas em natureza simples, vem apenas como um resultado de contraste.
Nós somente conhecemos frio pelo seu oposto, calor. Nós só conhecemos o em cima quando nós o relacionamos com o em baixo. Se nós olharmos somente para a qualidade do calor em si—se não existisse nada oposto a ele, não tivesse nenhuma qualidade oposta—ele seria uma essência; nós não teríamos como sentir nada nele. Se não houvesse nenhum movimento, nenhuma maneira de medir nada, o que nós poderíamos saber sobre calor? Não haveria nada lá; não haveria simplesmente nenhuma sensação. Então essa comparação entre o que nós consideramos como sendo bom e por que consideramos isso como sendo bom, e o que nós consideramos como sendo mau e porque consideramos isso como mau essa é a coisa que precisa ser medida.
Nós precisamos ter uma coisa que não seja uma escala deslizante. E isso pode não parecer assim para nós, porque nós somos cegados pela inabilidade de incorporar a maior finalidade da realidade, mas toda nossa avaliação do bem e do mal de dentro da vontade de receber é completamente subjetiva; é totalmente uma escala deslizante. Isso é, nós podemos dizer que certos eventos que nós vemos são considerados como sendo maus. Mas se você realmente olhar para ele profundamente, se você olhar quais suas verdadeiras respostas são (e aqui, isso é o que foi dito por "somente o que pode ser alcançado pode ser nomeado"), você tem que olhar para a verdadeira experiência.
Pegue como exemplo o desastre do Tsunami. Foram mortas 400.000 pessoas naquele desastre, e todo mundo, se você interrogá-las, elas dirão "isso é horrível". A perda da vida foi terrível; o sofrimento dos outros foi terrível. É quase inimaginável o alcance disso. Alcance bíblico de destruição. Mas o que acontece se você fosse um dos proprietários das companhias que reconstruirão os resorts naquelas áreas? É a melhor coisa que aconteceu com você em cinco anos. Então o que você realmente experimentou? Você pode dizer de acordo com a sua idéia que "oh, eu devo me sentir dessa maneira sobre ela", e portanto a idéia do que é bom nisso, e a idéia do que é mal nisso. Não, você deve ir pelo que você realmente sentiu. Se você mede outra coisa, você está medindo alguma coisa imaginária. Agora, as vezes nós podemos ver esse fato que alguma coisa que nós não iríamos primeiramente considerar como uma má experiência nós podemos compreender como uma boa experiência quando nós observamos os níveis de vida abaixo de nós.
Se nós olhássemos para alguma coisa como um incêndio na floresta, e víssemos uma tremenda quantidade de danos feitos, nós poderíamos dizer, "bem, você sabe, ele foi mau para as árvores", mas numa finalidade maior das coisas, o que irá acontecer é que havia um propósito para isso; haverá um crescimento mais denso; nós iremos ter, você sabe, talvez haverá uma maior diversidade na floresta, uma floresta mais densa, e as coisas que estavam impedindo seu crescimento com sucesso estão agora mudadas. E a única razão pela qual podemos ver um desastre como uma boa coisa é porque nós o vemos como um processo; nós vemos o maior arco de desenvolvimento nos níveis de vida abaixo de nós.
Abaixo de nós existem níveis parados ou inanimados, existe o nível vegetativo, existe o nível animal e existe o nível humano em que nós vivemos. Infelizmente este nível é somente um animal complexo. Para que possamos ver o que está acontecendo com nós, e a programação e o nível instintivo, e a finalidade maior do que está acontecendo para nós em nossas vidas. Não para ver apenas uma única secção de corte onde nós não entendemos o plano ou o vetor, a maneira com que as coisas estão progredindo em direção do objetivo. Quando nós olhamos para isso no nível humano, nós não podemos entender; nós não podemos nos puxar pelo nosso próprio cabelo para algum nível superior. Nós temos que poder vê-la de um nível maior, o qual os Cabalistas chamam "o nível falante".
O nível falante do homem é onde ele começa a ser parte do Sistema Superior e vê que o sistema inteiro de orientação providenciado pelo criador, aquela Força única que nos move pelas duas presas através da vontade de receber, que nos move, nos atrai para alguma coisa boa, e nos repele de alguma coisa ruim. Se nós pudermos vê-lo desse nível superior, nós paramos de ver os eventos em nossas vidas como pedaços isolados e tentaríamos nomeá-los em lugares no tempo e espaço onde nós na verdade não temos nenhuma percepção da razão por qualquer coisa.
Então o que nós fazemos para que possamos chegar nesse Estado Maior? Como nós vemos a partir desse ponto de vista maior? Bem, nós não podemos fazer isso nós mesmos. Nós só podemos fazer isso com a ajuda do que já está lá, nós temos que poder sentir o que está lá, e então nós podemos nos tornar como aquilo.
Então o que nós fazemos para que possamos chegar nesse Estado Maior? Como nós vemos a partir desse ponto de vista maior? Bem, nós não podemos fazer isso nós mesmos. Nós só podemos fazer isso com a ajuda do que já está lá, nós temos que poder sentir o que está lá, e então nós podemos nos tornar como aquilo.
O despertar é organizado por esses eventos que nós chamamos "bons e maus". Em outras palavras, nossos desejos continuam a ser desenvolvidos e mudam para que nossa pergunta se torne maior. E cada um desses, o que nós consideramos como sendo golpes nos fazem perguntar num nível cada vez mais profundo: Qual é a real causa do sofrimento? Por que eu estou sofrendo e como eu posso parar de sofrer? Essa força de desenvolvimento nos move para frente inconscientemente até que nós não iremos nos acalmar por nada mais mas a resposta a essa pergunta, porque a resposta para essa pergunta só pode vir do Nível Maior que guia o sistema, que nos faz sentir como se existissem bons e maus eventos
Então agora que essa necessidade consciente e tangível aconteceu dentro da sensação da pessoa que nenhum outro desejo pode substituir, somente a resposta para essa pergunta, essa necessidade consciente e tangível—agora a resposta tem um lugar para ir, a pessoa pode recebê-la. Mas para que saibamos por que estamos sofrendo, nós temos que saber o que é bom e o que é mau e nós sabemos que não podemos sentir ou medir isso de acordo com a escala deslizante. Isso não pode vir da vontade de receber. Isso tem que ser contra algo que não muda. Isso nós sabemos é a qualidade do Criador, que sempre e somente dá. É doação incondicional, e a qualidade da criatura é de receber a vontade de receber para si sozinha. É a medida do contraste entre estas duas qualidades que começa a nos dar um senso de onde nós estamos, porque a única coisa que há para sentir e perceber é o Criador. A questão é como eu O sinto? O que eu sinto como Ele?
Nós vivemos num mar de Luz. Isso significa que nós estamos sempre recebendo deleite dentro de nosso vaso, nosso Kli. Isso é nossa vontade de receber. E a Luz Superior está constantemente nos enchendo com deleite, isso é, com a sensação que é na verdade uma sensação da luz em si. É sempre o Criador, exceto que ele depende do que nós dizemos que ele é; ele depende de qual a vestimenta, do que chamamos a coisa que está acontecendo.
Todos os eventos da nossa vida são enviados para nós de uma maneira que nós os sentimos diretamente, como Luz Direta. Mas se nós os sentimos dessa forma, isso significa que nós os sentimos pela vontade de receber, e nós não sabemos porque eles estão sendo dados. O que nós procuramos fazer é sentir o pensamento dentro dele, isso é: Qual é a qualidade aqui? Qual é a qualidade de doação que é a intenção do Criador por trás de nos dar nesse evento? Como isso é conectado com a força de desenvolvimento que está nos trazendo para o preenchimento?
Se nós pudermos entender e ter uma sensação disso, então nós entenderemos o evento e nós também nos elevaremos para aquele nível. E tudo que nós buscamos fazer nos eventos da vida é justificar o Criador. Isso é o que é um homem justo, o que é um Tzadik. É aquele que, independentemente dos eventos da vida, sente o Pensamento por trás da entrega evento, a força benevolente da orientação do Criador. E somente a diferença entre o que nós sentimos em nosso Kli, e qual é o pensamento do Criador, isso é, qual é nosso pensamento comparado com qual é o pensamento do Criador, essa é a fonte do sofrimento.
Esse contraste entre minha natureza—minha intenção de recepção da Luz, e a intenção do Criador de doação da Luz—essa discrepância me causa desconforto, sofrimento e assim por diante. Essa qualidade de doação, a qualidade de dar da Luz Superior é a lei geral do universo, e tudo dentro do universo segue disso. Todas as leis. E é necessário em toda vida encontrar um equilíbrio, uma homeostase entre o que está fora e o que está dentro. Então de acordo com o grau com que nós não mantemos essa lei da vida, isso é nos tornarmos como ela, nosso mundo e todos os aspectos dele sofrem; não apenas o homem, mas seus arredores—seu mundo, seu país, sua família, toda a realidade.
Uma das maneiras de atrair a Luz Superior, que nos permitirá nos elevarmos a um nível onde possamos começar a compreender e sentir o Criador, é pelo estudo de textos Cabalísticos. A única razão para estudar um texto Cabalístico é para atrair a Luz que reforma; não para nenhum conhecimento intelectual, mas para a transformação que ocorre no interior.
Enquanto nós começamos a ler esse texto, traga sua pergunta, a coisa que você mais precisa saber, lembre-se dela e traga-a para a leitura, não importa o que você entende intelectualmente, só importa o que você precisa e o que você sente.
Esse artigo é chamado “Não há Ninguém Mais Além Dele”, e foi dito por Baal HaSulam e foi registrado por seu filho, Rabash.
É escrito que “não há ninguém além Dele”, significando que não há outro poder no mundo que tenha a habilidade de fazer nada contra Ele. E o que o homem vê, isto é, que há coisas no mundo, que negam o domínio do alto, é porque ele assim o quer.
Em outras palavras, é construído propositalmente que nós vejamos um sistema em que sentimos que há bons e maus eventos. E nós sentimos que há uma força se opondo ao nosso bem, que há alguma coisa que nos impede de nos sentirmos bem. E a razão disso acontecer é porque a Força Superior em si quer que isso aconteça; há um propósito, ela quer assim, porque não há outra força que possa na verdade fazer isso acontecer.
E é considerada uma correção, chamada “a esquerda rejeita e a direita aproxima”, significando que o que a esquerda rejeita é considerado correção. Isso significa que há coisas nesse mundo, que desde o início almejam a desviar uma pessoa do caminho certo, e elas a rejeitam da santidade.
Ele está dizendo aqui que essa experiência de não poder sentir o Criador diretamente, desse sentimento dessa Força nos impedindo, isso é chamado “a correção”. Essa é uma Força pela qual alguma coisa acontece que nos permite transformar; é parte desse sistema de orientação, e é chamado que “a esquerda rejeita[isso é, nos afasta] e a direita aproxima” [aproxima ao Criador].
Nós estamos falando aqui sobre uma pessoa que deseja sentir o Criador, não apenas os eventos normais da vida, ainda que eles sejam estruturados do mesmo jeito, porque todos os níveis da natureza funcionam por exatamente o mesmo princípio.
Mas “isso significa que há coisas nesse mundo, que desde o início almejam desviar uma pessoa do caminho certo, e elas a rejeitam da santidade.” Isso significa, quando uma pessoa deseja sentir uma sensação do Criador, saber as leis que governam sua vida, experimentar santidade, que é Kedusha, que significa estar separado, estar à parte; essa qualidade de Kedusha é a qualidade da vontade de Doar. Ela é completamente separada desse mundo; ela é completamente superior a ele. Então há coisas que estão propositalmente nesse sistema que causam uma pessoa a não poder sentir essa santidade.
Mas “isso significa que há coisas nesse mundo, que desde o início almejam desviar uma pessoa do caminho certo, e elas a rejeitam da santidade.” Isso significa, quando uma pessoa deseja sentir uma sensação do Criador, saber as leis que governam sua vida, experimentar santidade, que é Kedusha, que significa estar separado, estar à parte; essa qualidade de Kedusha é a qualidade da vontade de Doar. Ela é completamente separada desse mundo; ela é completamente superior a ele. Então há coisas que estão propositalmente nesse sistema que causam uma pessoa a não poder sentir essa santidade.
Esse impedimento—uma vez que há um desejo, uma vez que há uma intenção de conhecer o Criador—esse impedimento faz o que nós vimos no completo sistema da natureza: ele causa uma necessidade. Isso significa que há uma necessidade específica que está sendo construída. Não uma necessidade por isso ou por aquilo, por carros, por dinheiro, por comida, por sexo, por conhecimento, por poder, não: ele está construindo um desejo particular.
...o benefício dessas rejeições é que através delas uma pessoa recebe uma necessidade e um completo desejo por Deus para ajudá-la...
O desejo que está sendo construído é o desejo diretamente para Deus, diretamente para Deus (em Hebraico, Yashar Kel), o desejo diretamente para o que está acima.
...uma vez que ela vê que de outra forma ela está perdida. [Em outras palavras, elas precisam de uma conexão com a Força Maior que guia tudo]. Não somente ela não progride em seu trabalho, mas ela vê que ela regride...
Isso é, quanto mais alguém precisa disso, mais a Luz mostra a diferença entre sua condição interior e o estado da Luz. Isso é chamado “a revelação do mal”. Para que precisamos disso? Nós precisamos disso porque esse é nosso meio de medida. É por esse contraste que nós sabemos alguma coisa.
Nós medimos a alcance do amor, o Pensamento da Criação completo, contra a barreira em que nós começamos a sentir nossa própria natureza. Então não somente a natureza do Criador e dos Mundos Superiores são revelados para nós através desse processo de contraste, nossa própria natureza é revelada. E quanto mais o desejo de receber cresce, especificamente com esse desejo de receber contato com o Criador, maior é a quantidade de sensação do Criador que pode preenchê-la.
Não somente ela não progride em seu trabalho, mas ela vê que ela regride...[Em outras palavras, ela vê a diferença entre ela e o Criador] e para ela falta a força para observar Torah e Mitzvot, mesmo se não for para Seu nome.[Isto é, a pessoa sente que não apenas ela não sente o Criador diretamente, mas ela não pode nem mesmo enganar a si própria que ela está fazendo isso por qualquer razão em ordem de alcançar o Criador. Ela sente o maior grau da diferença, mas isso é uma bênção, porque é pela expansão da vontade de receber e sua correção que nós na verdade progredimos].Que somente superando todos os obstáculos genuinamente, acima da razão, ela pode observar Torah e Mitzvot. [Isso é, não por sua força, não por seu conhecimento, não por qualquer tipo de idéias ou teorias, mas somente pela recepção tangível da Luz, que tinha que ser acima da sua razão; essa conexão é acima da vontade de receber e todos os pensamentos conectados em como conseguir aquelas coisas que nós queremos.]
Essa força, que nós experimentamos como bons e maus eventos, é a mão esquerda e direita do Criador, que nos guia por meio de altos e baixos através dos eventos normais de nossas vidas se corretamente entendidos uma vez que nós tivermos esse desejo de ir direto a Deus. Não importa o que é que aconteça em nossa vida com esse desejo, então essa necessidade particular única precisa crescer até que ela possa eventualmente abranger e engula o mundo imaginário inteiro e nos traga para o completo contato com a realidade.
Isso é somente um gostinho da beleza desses artigos. Nós vamos continuar nossa descoberta do que existe dentro desses artigos e dentro da Cabala.
Junte-se a nós novamente!
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