Rabbi Yehuda Leib HaLevi Ashlag (1884-1954) é conhecido como Baal HaSulam pelo seus comentários - Sulam(escada) - sobre o Livro do Zohar. Baal HaSulam dedicou sua vida às interpretações e inovações da sabedoria da Cabala, disseminando-a por Israel e por todo o mundo. Desenvolveu um método especial para o estudo da Cabala, pelo qual, qualquer pessoa pode se aprofundar na amplitude da realidade e conhecer suas raízes e o propósito de sua existência.
As duas maiores obras de Baal HaSulam, resultado de anos de trabalho, são o Talmud Esser Sefirot (O Estudo dos Dez Sefirot), um comentário sobre os escritos do Ari, e Persuh HaSulam (O comentário Sulam) sobre o Livro do Zohar. As publicações das 16 partes (em seis volumes) do Talmud Esser Sefirot começaram em 1937. Em 1940 ele publicou Beit Shaar HaKavanot (O Portal das Intenções), com comentários sobre escritos selecionados do Ari. Persuh HaSulam do Zohar foi impresso em 18 volumes, no período de 1045-1953.
Mais tarde Baal HaSulam imprimiu mais 3 volumes adicionais contendo comentários sobre O Novo Zohar, cuja publicação foi completada em 1955, depois de sua partida.
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"Nesta introdução, eu gostaria de esclarecer coisas aparentemente simples que foram procuradas por muitos e pelas quais muita tinta foi derramada tentando clarificá-las.
Todavia elas ainda não nos levaram a uma compreensão satisfatória, e eis as perguntas:..."
Há muitos motivos para manter a Torah oculta:
Não há um único detalhe na Cabala que não esteja abrangido por uma destas três proibições.
Por um longo tempo quis sair de meu mundo reservado para transmitir aos leitores ao menos algum conhecimento sobre a essência do Judaísmo, da religião e da sabedoria da Cabala, de modo que eles pudessem conhecer e comprender esses importantes assuntos e o seu real significado...
Essas palavras precisam ser explicadas. Porque qual é o tema da recepção da Torah relacionado com a libertação da morte? Além disso, uma vez que eles tenham atingido um corpo eterno que não pode morrer, através da recepção da Torah, como eles poderiam perdê-lo novamente? O eterno pode tornar-se ausente?
Essa afirmação exige explicação. Porque a palavra lei (a palavra lei em hebraico também significa total – Chaim Ratz) indica uma soma de detalhes que, quando reunidos, formam o total acima. Portanto quando ele diz, sobre a mitzvah ‘ama ao próximo como a ti mesmo’, que esta é uma grande regra na Torah, devemos entender que todas as outras 612 mitzvot (preceitos) na Torah, com todas as suas interpretações, não são mais nem menos que a soma dos detalhes inseridos e contidos nessa única mitzvah de ‘ama ao próximo como a ti mesmo’. Isso é surpreendente, porque pode ser dito quanto aos preceitos entre o homem e seu próximo, mas como é possível que esse único preceito dê fundamento a todos os preceitos entre o homem e o Senhor, que são a vasta maioria?
Entre todos os textos e anotações do Rabbi Baruch Shalom Halevi Ashlag (o Rabash), havia um caderno de anotações especial que ele sempre carregava consigo. Este caderno continha as transcrições de suas conversas com seu pai, Rabbi Yehuda Leib Halevi Ashlag (Baal HaSulam), autor do Sulam (Ladder), comentários sobre o Livro do Zohar e muitos outros textos sobre a Cabala. Ao não se sentir bem no Ano Novo Judaico, em setembro de 1991, o Rabash chamou seu discípulo e assistente pessoal, Michael Laitman, para o seu lado no leito e lhe entregou este caderno. Sua capa tinha apenas uma palavra: Shamati (Eu Ouvi). Ao entregar o caderno disse para Laitman: “Leve-o e aprenda com ele.” Na manhã seguinte faleceu nos braços de seu aluno, deixando-o e muitos outros discípulos sem orientação neste mundo. Comprometido com a herança do Rabash de disseminar a sabedoria da Cabala, Laitman publicou o caderno exatamente como estava escrito, retendo assim o poder de transformação do texto. Entre os livros da Cabala, o Shamati representa uma composição única e poderosa, cujos poderes se mantém muito tempo após sua leitura.