Aulas Diárias de Cabala

 
 

Páginas Diárias - 03-11-09

Páginas Diárias é uma coleção de extratos das aulas diárias do Rav Michael Laitman e Bnei Baruch traduzidas para o Português.

Recebendo do Grupo a Importância do Objetivo Espiritual

 

Quando eu chego a um grupo de Cabalistas, eu não posso ser impressionado por eles e receber deles a importância do objetivo de forma natural, porque o objetivo não corresponde ao meu desejo de receber, mas ao seu oposto – a doação, o amor ao próximo, sair de mim mesmo, fora do meu corpo e dos meus interesses. Embora eu já tenha perdido a esperança com a sociedade humana e percebido que não há nada para mim lá, e que eu já tenha o ponto no coração ao qual estou atraído, tais objetivos, como amar os outros, sair de mim mesmo, elevar-se acima da razão sem recompensa para mim, são coisas que eu não ouço.

Portanto, está escrito que não é suficiente para o homem chegar ao ambiente corrteo - assistir o nosso canal de televisão, ler o nosso jornal, surfar o nosso site, ou estudar no Learning Center ou as aulas diárias de Cabalá. Eu devo dar duro lá. E este esforço é apenas na subjugação perante o meio ambiente. Não no estudo, não na excelência, mas na auto-submissão perante a importância que o grupo atribui à qualidade de doação.

E mesmo que esta submissão seja artificial, tudo bem, porque é assim que começamos. Isso se chama "Lo Lishma" (não para o nome Dela). De alguma forma, por falta de escolha, contra a vontade, eu doo, dou, espero que alguma doação venha até mim a partir deles. Esta é a escolha.

Ou seja, eu estou sempre frente a um sistema que é capaz de me influenciar e de me trazer a importância espiritual, na medida em que estou subjugado a ele. Esta é a minha livre escolha. E se eu não perceber isso, eu não vou receber a importância espiritual do grupo, e não avançarei. Eu poderia me sentar no grupo do Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai) por 100 anos que não iria ajudar, porque isso não depende da sua grandeza, mas do quanto eu me abro para receber inspiração deles.

Portanto, este ponto é muito importante - depois que a pessoa experimenta o mal, chega ao grupo, integra-se nele supostamente como um amigo e passa o tempo entre eles, a questão é: Ele está disposto a abaixar sua cabeça? Se estiver, neste ponto ele começa a ser influenciado por eles. Somente nesse estágio é que ele pode se mover do amargo e doce para o verdadeiro e falso. Caso contrário, é como se ele estivesse na análise correta, mas essa é uma análise completamente mental, e não emocional; em outras palavras, ele não está se elevando acima do seu vaso, porque o nosso vaso é o desejo, o sentimento.


 

Subjugando-me Perante o Ambiente

 

O "ambiente" não é, necessariamente, as pessoas que estão aqui - os corpos que eu vejo e sinto próximos a mim. O "ambiente" é a idéia a partir da qual eu quero absorver, receber a importância espiritual.

Vamos supor que me seja mostrado algo novo na televisão e dizem: "Você tem que comprar isso, se você não comprar, você vai perder muito na vida". Eu não me sinto assim, eu não percebo isso, mas como eu estou conectado a este sistema e ao que eles derramam sobre mim, eu começo a sentir que isso é importante.

A mesma coisa acontece aqui. Eu quero estar conectado a este sistema de almas e receber impressões deles. Esta é a "escolha" do grupo. Só que, ao contrário da sociedade exterior, que automaticamente me influencia, aqui eu devo me esforçar.

A minha livre escolha é desconectar-me da influência deste mundo, e ser influenciado pelo mundo espiritual: pelos livros, o professor, o grupo, o canal de televisão, ou o nosso site, que me traz o contacto com o mundo espiritual. Portanto, nós vivemos entre os dois mundos. A qual deles você deseja pertencer? Por qual você quer ser influenciado? Você está bem no meio, no eixo, e a escolha está em suas mãos.


 

Para o Progresso Espiritual, Você Precisa de Aceleração Constante, e não de Velocidade Constante

 

Pergunta de um aluno: Pergunta de um aluno: Porque está escrito que o esforço é apenas algo que está além do normal?

Resposta do Dr. Michael Laitman: Com relação ao trabalho espiritual, nós sempre falamos de aceleração, e não de velocidade. Existe um princípio bem conhecido da relatividade que diz que se um objeto está se movendo a uma velocidade constante, nós não consideramos que ele esteja se movendo. Se você avaliar a posição dele em relação aos outros, talvez ele esteja se movendo, mas em relação a você ele está parado. Na Cabalá, nós medimos todas as mudanças em relação à própria pessoa.

Portanto, se estamos agindo de foma habitual, realizando ações constantes e rotineiras que não nos exigem um novo esforço a cada instante, nós não mudamos. Se eu não estou acrescentando esforço, eu não ascenderei ao próximo nível; isso significa que eu não farei um movimento espiritual. Portanto, você pode avaliar o seu avanço, apesar da ausência de qualquer reação, através do acúmulo de esforços que investe na correção, doação, unificação e estudo. O que você deve avaliar é o que você acrescentou aquilo que tinha ontem!

Você deve se habituar a aumentar constantemente o esforço. Você deve se acostumar a uma aceleração constante. O que nós precisamos é de aceleração constante, e não de velocidade constante! Isso deve se tornar um hábito.


 

Deixando Brotar o Ser Humano em Nós

 

Uma mãe ama naturalmente seus filhos. Ela os percebe como uma parte inseparável dela, e mais do que isso – como a parte principal do seu sistema; portanto, ela se dedica a eles. A Natureza provoca isso para permitir a evolução, a vida. Se nós quisermos alcançar um estado semelhante na natureza espiritual, uma abordagem semelhante em relação aos outros, nós devemos alcançá-lo sozinhos. Esta é a nossa escolha - querer tratar os outros dessa maneira. E se quisermos isso, a Luz mudará a nossa atitude para com eles, e começaremos a vê-los como parte inseparável de nós, como uma mãe vê seus filhos. Então, descobriremos que os outros se parecem conosco como Nishmati (minha alma). Ou seja, que eles são mais importantes do que nós - eles são a nossa “interioridade", e nós queremos dar a eles mais do que queremos dar a nós mesmos, que somos externos a eles.

Como o Baal HaSulam explica no artigo "A Arvut": "Você tem uma almofada, uma cadeira? Dê-lhes ao seu servo". Isso é chamado "amor". Esta é a abordagem que devemos alcançar. Obviamente, nós somos incapazes disso. A Luz Superior realiza esta correção em nós. Para que nós precisamos disso? Primeiro, por falta de escolha, porque nossa vida é pior que a morte; e por outro lado, a importância que receberemos do grupo, dos livros etc, faz com que comecemos a apreciar isso, e a entender que essa é a vida real, eterna e completa, em termos de doação e não de recepção.

Essa coisa é chamada "cura", "milagre", o qual nós atualmente somos incapazes de digerir - como eu posso querer isso, como eu desejarei isso, como é que o desejo de doar ao outro, de sentí-lo, despertará subitamente em mim? E realmente, eu não sei como isso está acontecendo. Isso se chama "Eu me esforcei e encontrei".

Na verdade, esta qualidade reside dentro de nós, nas nossas raízes. Nós só precisamos aplicar o conselho dos Cabalistas: "Tudo o que você puder fazer, faça"; então, de repente, nós descobriremos que algo novo nasce dentro de nós. Um ser humano espiritual nasce subitamente da nossa parte animal. Por que? Porque ele está escondido lá dentro.

Isso é como o processo que as crianças atravessam em nosso mundo - existe uma idade, um momento, quando você subitamente começa a descobrir a independência numa criança. Antes disso, ela se dedica a nós e faz tudo o que dissermos para ela fazer; então, num determinado instante, ela começa a se desenvolver, a responder por sua própria conta, a desenvolver o seu próprio caráter. O que aconteceu? Por que o sistema não acabou com o pequeno bebê crescendo até se tornar um bebê grande? Porque o homem se desenvolve qualitativamente, em oposição aos animais, sobre os quais se diz: "o bezerro com um dia de vida é chamado de touro". Novas qualidades crescem numa pessoa a partir de dentro, e são essas que chamamos "homem".

O mesmo se aplica ao nosso desenvolvimento espiritual – um pouco de personalidade espiritual interna está enraizada em nós, e se nos esforçarmos em despertá-la, ela emerge de seu esconderijo e começa a crescer; nós nos tornamos seres humanos, e começamos a nos identificar com ela. Nós não entendemos esse fenômeno, mas ele surge e se forma das profundezas da natureza. Nós só precisamos realizar ações a fim de permitir que ele saia. E a principal ação é abrir um livro, lê-lo e realmente rogar: "Que Ele me agracie, que isso possa se abrir para mim, possa se abrir". Possa abrir o que? – essa personalidade que existe em mim, a qualidade de outorga. Esta é basicamente a ação principal.

Mas você pode alcançar essa ação somente depois de ter estado num grupo, na disseminação, e estudado muito. Todos esses componentes lhe dão a importância desta ação - sentado diante do livro, querendo sentir a realidade sobre a qual você está lendo, e sentindo que esta é a sua realidade, seu mundo.


 
 
 
 
 
 
 
 
 

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