Aulas Diárias de Cabala

 
 

Páginas Diárias - 03-10-2010

Páginas Diárias é uma coleção de extratos das aulas diárias do Rav Michael Laitman e Bnei Baruch traduzidas para o Português.

Sobre O Amor E O Ódio

 

Pergunta: O que significa "amar o próximo como a si mesmo"? O que realmente tenho que fazer?

Resposta do Dr. Laitman: Amar o próximo como a si mesmo significa que todo o nosso mundo (os níveis inanimado, vegetativo e animado da natureza, assim como a humanidade) e todo o nosso universo se tornam uma parte integrante de si, “como um homem com um coração". Você conecta tudo a si mesmo e percepciona-o como sendo o seu próprio “eu”. Caso contrário, você não existe!

O nosso egoísmo separa-nos, mas acima dele temos que receber uma força do Superior, o desejo e a capacidade de sentir cada pessoa como eu mesmo, e ainda mais do que isso. Eu tenho que sentir que tudo isto sou eu. No entanto, este "eu" não é um sentimento egoísta, porque o ódio entre nós permanece e até continua crescendo. Uno-me com os outros precisamente acima desse ódio, que nesse caso são chamados de meus "próximos", ou pessoas próximas a mim.

O "próximo" é uma pessoa que eu odeio, mas ao mesmo tempo eu "a amo como a mim próprio". "O amor cobrirá todos os pecados" significa que o ódio anterior permanece, mas o amor é acrescentado por cima dele.

No nosso mundo tudo é impulsionado por um desejo egoísta, seja na recepção ou na doação. No mundo espiritual, porém, encontramo-nos entre duas forças opostas: doação e recepção. O egoísmo cresce, mas a qualidade de doação emerge em paralelo. Essas duas qualidades permitem-me chegar à sensação de que estou diante de uma montanha de ódio (Monte Sinai, que vem da palavra Sinah - ódio). No entanto, antes disso eu tenho que atravessar o "Egito" - a escravidão do egoísmo, o Faraó. Tenho que vir a odiá-lo e, em seguida, fugir dele, procurando a força para o corrigir.

Quando eu estou no sopé da montanha de ódio contra o meu próximo, eu devo dizer se estou realmente preparado para me unir com outros, para amá-los acima do meu ódio, e tornar-me como um homem com um coração. Se eu tiver passado por todos os golpes e pragas do egoísmo (o Faraó) e sentir que já sofri o suficiente, então eu concordo com isso! Isto porque eu odeio o meu egoísmo ainda mais do que odeio o meu próximo.

Eu concordo, pensando que isto me permitirá revelar o Criador. Finalmente, porém, venho a entender que o que me satisfaz é o amor e a doação ao próximo. Eu já não exijo nada mais do que isso. Esta ação satisfaz-me, por si mesma, e é assim que eu me torno igual ao Criador.

Da 4ª parte da Aula Diária de Cabala - 03/10/10, "O Amor pelo Criador e o Amor pelos Seres Criados"


 

Hollywood do Criador


Pergunta: Qual é a diferença entre a percepção de O Zohar e do Talmud Eser Sefirot?

Resposta do Dr. Laitman: Eles usam uma linguagem diferente. É impossível compreender O Zohar, a menos que você percepcione a imagem correcta por detrás de cada expressão, com a imagem revestida no seu desejo ou intenção.

Se eu leio um romance emocionante que fala sobre a descoberta de novas terras, então eu já tenho imagens internas pré-concebidas sobre os níveis inanimado, vegetativo, animal e humano da natureza. A partir destas formas eu crio a imagem que o autor descreve, e as imagens que imaginamos são semelhantes.

Por outro lado, O Zohar descreve aventuras que nunca experimentamos num mundo desconhecido para nós. Se eu não tiver essas formas espirituais (qualidades e ações) dentro de mim, então eu nem sequer sei sobre o que estou lendo, como se estivesse escrito numa linguagem desconhecida para mim.

Em contraste, o Talmud Eser Sefirot descreve qualidades, ações e eventos mais concretos, onde existem apenas dois desejos ou forças que operam: "a favor" e "contra". Em essência, ele só fala sobre duas qualidades: doação e recepção, que existem em diferentes interações entre si. Podemos imaginá-las como forças de atração e repulsão, bem como a sua interação.

Claro, isto é mais simples e menos confuso do que as descrições de O Zohar. O Talmud Eser Sefirot mostra-nos constantemente a necessidade da tela, a força de doação, enquanto O Zohar projeta imagens do Mundo Superior sobre a nossa matéria (desejo).

É como se estivesse um filme a passar nalgum lugar longínquo e eu não o conseguisse discernir. Enquanto tento vê-lo, pergunto-me: que instrumentos ou ferramentas me faltam para conseguir aproximar esta imagem e senti-la? Esta aspiração evoca a influência dessa imagem longínqua sobre mim. Se a minha aspiração for ampliada muitas vezes através do meu ambiente (o grupo), então eu sinto realmente essa imagem aproximar-se.

No entanto, a redenção vem de O Livro do Zohar, pois ele contém a mais poderosa Luz que Corrige.

--Da 1ª parte da Aula Diária de Cabala - 03/10/10, "Talmud Esser Sefirot"


 
 
 
 
 
 
 
 
 

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