A Abordagem Correta do "O Livro do Zohar"
Uma pergunta que recebi: Qual é o trabalho interno de uma pessoa que assiste às lições do O Zohar na Internet ou na TV? Muitas pessoas estão esperando estas lições ansiosamente e acordam no meio da noite pela primeira vez para assistir à transmissão ao vivo.
Minha Resposta: O Livro do Zohar é uma oportunidade para todos nós revelarmos a verdadeira realidade, que se revela no interior da pessoa. Por meio do estudo, a pessoa descobre que ela percebe toda a realidade dentro dela e conquista a capacidade de colocar o seu mundo interior na ordem correta, de organizá-lo e revelá-lo de uma forma que lhe permita sentir o mundo espiritual, além deste mundo.
Ela não experimenta nenhuma contradição, ilusão ou dúvida sobre a veracidade das suas sensações espirituais. Tudo se revela dentro de seus desejos. Simplesmente corrigindo os nossos desejos, nós revelamos a nossa capacidade interior de perceber e sentir o mundo espiritual dentro deles.
Mesmo as pessoas que não passaram pela preparação para perceber O Livro do Zohar, que não tenham estudado seriamente os princípios da Cabala durante vários anos, são capazes de juntarem-se a nós e merecem a mesma revelação, como um bebê em nosso mundo, que vive entre os adultos, e estes lhe fornecem tudo. Não importa se um bebê nascido no século XXI não saiba sobre as gerações anteriores que prepararam tudo para ele, e todas as coisas que agora o cercam. Ele recebe conforme o nível atual do nosso mundo. O nosso dever é receber tudo da geração anterior, prepará-lo e entregá-lo pronto para o bebê, a próxima geração.
Portanto, os “bebês” da Cabala, aqueles que agora estão se juntando a nós, nossos novos amigos, merecem a mesma revelação que nós esperamos alcançar. A este respeito, não há diferença entre nós, desde que eles tentem ouvir à media que sejam capazes de juntarem-se a nós, e sintam temor, confiança e respeito por este grande livro. Isto é muito importante para se conectar a ele.
Do mesmo modo, devemos entender que este livro funciona no grupo, e não numa única pessoa. Portanto, se nós não pensarmos sobre a unidade entre nós durante o estudo, perderemos a coisa mais importante. Durante a leitura do Livro de Zohar, nós devemos estar unidos em cada palavra e discussão sobre ele, pensarmos apenas na unidade dos vasos.
Você pode dizer: "Mas você sempre fala sobre como devemos sentir o texto dentro de nós, que devemos nos aprofundar, e lá, dentro dos nossos desejos, procurar pelos animais, os peixes, Noé, o Criador, o ser humano em nós, o trabalhar com eles. Enquanto que aqui você retorna novamente ao grupo que você achou do lado de fora!".
Exceto o problema que o grupo não está do lado de fora. O grupo é a seleção e a conexão de todos os desejos em mim, que são chamados de "fora de mim". Tudo o que eu sinto como externo a mim, está na verdade dentro de mim. Eu devo ligar o conceito de "eu" que está dentro de mim, ao conceito de "externalidade", os "outros" dentro de mim. Eu não sinto que os outros estão fora do meu corpo, mas dentro de mim, dentro dos meus desejos. É assim que os meus desejos estão divididos.
Nós também aprendemos isso com a sabedoria Cabalística – existe a internalidade e a exterioridade do vaso, circundante e interna, e eu devo corrigir a internalidade e a externalidade através da conexão entre elas. Portanto, "o grupo" é o desejo que eu junto a mim. Você pode dizer: "Um segundo, o que significa "unir todos a mim'? Mas existem desejos em mim que eu não posso corrigir? Portanto, eu respondo que você os conecta, os classifica, e só depois diz: "Este aqui, eu não posso corrigir, mas ele é meu, não há nada que não seja meu".
Esta abordagem permite que a pessoa inclua o mundo todo, como está escrito: "A pessoa é um mundo pequeno". Por isso, é necessário pensar sobre isso o tempo todo, e investir mais e mais esforços mútuos nisso a todo o momento - que cada um de nós buscará dentro de si, ordenará e organizará dentro de si todas essas coisas. É assim que nós devemos nos comportar durante todo o dia, de uma leitura do Livro de Zohar para outra. Só assim revelaremos a plenitude e não ficaremos confusos.