O Centro Para a Expansão da Luz
Nós podemos ver que a Sabedoria Cabalística se expande e entra no mundo a partir do centro, da fonte. Em nossa geração a fonte do conhecimento e o método da correção estão aqui, no grupo central do Bnei Baruch.
Se qualquer grupo ou pessoa no mundo pensa que é capaz de guiar a si mesmo de forma correta à meta, eles estão se iludindo, devido ao entendimento errado da estrutura do sistema das almas sobre o qual o nosso mundo está revestido. O Baal HaSulam escreve na “Introdução ao Livro do Zohar” que tudo está sempre em expansão, da internalidade para a externalidade, ou do Nível Superior para o inferior. O mesmo se aplica à influência sobre o nosso mundo e também à realização da pessoa: primeiro a pessoa ascende ao Nível Superior, e de lá ela pode ver e influenciar o nível inferior.
Portanto, a disseminação, a influência, a correção, e as aulas, devem vir somente daqui, do centro. O papel dos diversos grupos é fazer parte na criação dos materiais e na disseminação deles, enquanto se submetem totalmente ao centro, semelhante à maneira com que as partes de nosso organismo agem de forma coordenada sob o comando de uma única mente, compartilhada por todos. Nada pode começar no meio da escada, na pirâmide, ou em algum grupo em particular, semelhante a como a estrutura do universo está estritamente fixada e descrita.
O Baal Ha Sulam escreve no item 57 da “Introdução ao Livro do Zohar” que se mil pessoas cegas forem guiadas por uma pessoa que enxerga, elas serão capazes de seguí-la; mas se não houver um líder, todas perecerão. Igualmente, nós observamos uma missão especial de uma parte da humanidade chamada “Isra-El” (isto é, “direto ao Criador”), porque a Luz da Correção passa através dela à toda humanidade. O Baal HaSulam descreve essa hierarquia imutável e rigorosa no artigo citado acima.
Portanto, cada pessoa dentro desse sistema deve estar conectada ao Nível Superior, e também ao inferior. Acima de nós estão nossos professores, as fontes, nossos antepassados, e os Cabalistas de gerações anteriores, de quem aprendemos e cujos ensinamentos vivenciamos. Abaixo de nós estão nossos estudantes, todos aqueles que vêm ate nós desejando conectar-se a nós. Essa hierarquia deve ser mantida, porque todos nós somos capazes de receber somente do Superior. (ver o artigo do Baal HaSulam, “Fé no Professor”).
Porém, se a pessoa ou grupo decidir agir independentemente, eles estariam preferindo a externalidade em vez da internalidade. Assim, eles substituiriam o Superior pelo inferior; nesse caso, seria necessário corrigí-los imediatamente ou removê-los do sistema comum. Quando nós estudamos a estrutura dos mundos, vemos que não existe “democracia”, mas uma severa subserviência ao Nível Superior, ao exemplo do Superior (do Criador).
Através da conexão entre os grupos e suas estruturas, nós estamos implementando atualmente a construção de um sistema que se expandirá ao mundo inteiro, como o Baal HaSulam descreve no artigo “A Ultima Geração”. Então, o nosso mundo se tornará semelhante ao Mundo Superior. Assim, onde está a liberdade de cada pessoa? Ela está na escolha da conexão correta com o ambiente e na submissão a ele, a fim de obter a semelhança com o Criador. Isso só é obtido se a pessoa está conectada ao Superior, recebe Dele, e executa as mesmas ações junto com a mesma seqüência de graus. Desse modo, a liberdade de cada pessoa estará em preferir a internalidade à externalidade, apesar dos transtornos do seu egoísmo pessoal ou daqueles que ocorrem no grupo.
Como Baal HaSulam escreve no item 60 da “Introdução ao Livro do Zohar”, a ação de cada pessoa corrige ou arruína todo o sistema. Obviamente, isso é uma ditadura; contudo, isso vem do Alto, do Criador, e todos nós devemos executar isso submetendo-nos ao Superior, tornando-nos semelhante a Ele. E mais, nós atraímos o inferior de acordo com uma hierarquia fixa. A igualdade absoluta surge somente no estado final corrigido, onde todos tornam-se iguais através da doação mútua.